Um estudo de P. Avelino De Jesus Da Costa.
«Os cristãos começaram bem cedo a estabelecer paralelismo simbólico entre a Virgem-Mãe e a Igreja-Mãe, ambas igualmente virgens e fecundas, porque, assim como Maria, sendo mãe de Cristo, é mãe dos cristãos, também a Igreja, esposa mística de Cristo, é mãe dos mesmos cristãos, chamados, por isso, filhos da Igreja (filii ecclesie>filigreses>fregueses). Por esta razão, a maior parte das catedrais e grande número de igrejas paroquiais tomaram a Virgem Maria por padroeira. Na Península Hispânica havia, desde tempos remotos, grande devoção mariana, cuja festa principal era a da Maternidade Divina, celebrada a 25 de Março. Como esta data caía dentro da quaresma, que impedia a celebração de festas, várias igrejas peninsulares adoptaram dias diferentes, como testemunha o X concílio de Toledo, celebrado em 656: — «In multis Hispaniae partibus huius Sanctae Virginis festum non uno die per omnes annorum círculos agi»[...]».